É a segunda participação do carioca Vinicius, programador de TI, no canal da Pantoufle. Sempre com um sorriso no rosto, V. nos apresentou um resumo de como foi seu primeiro ano no Canadá, sua adaptação em outra cultura e seu contato com a empresa québécoise.
Sobre o seu processo de imigração. Ele participou de duas missões de recrutamento, fez três entrevistas e um teste técnico para trabalhar em Quebec.
Com muita sorte, conseguiu um trabalho como programador de TI para o governo canadense. Vini nos conta sobre seu primeiro projeto com o cliente único e a linguagem Bennett. Ele precisou se adaptar ao teclado francês para escrever nomes de variáveis, funções do programa, todo o jargão da programação. Aconselhou usar o site Bon Patron como corretor ortográfico. E, mencionou que um pastor canadense o ajudou com livros de estudos.
Seu francês está melhorando bastante de acordo com seu chargé de projet. Há uma reunião quinzenal em que ele precisa discutir o seguimento de projetos e tudo com o francês bem afiado para defender seu ponto de vista. O francês do Quebec tem lá suas nuances e expressões típicas, as quais ele confessa ter tido certa dificuldade no início de sua estadia. Alguns canadenses usam gírias demais e falam com rapidez, reivindica V.
Seu trabalho tem uma carga horária de 7h30 e V. costuma ir de ônibus. O transporte público é uma maravilha e seu ambiente de trabalho é extremamente profissional, disse. Tem amigos do mundo todo, mas a maioria tunisianos e marroquinos. V. faz um curso de francês (francisation) pelo governo e sua esposa Paula tem direito às aulas também. Ele nos contou sobre o sistema de remuneração diferenciado: recebe o pagamento duas vezes por mês. Por isso, precisou segurar as emoções e gerenciar bem suas finanças.
Ainda sobre as tantas adaptações canadenses… Vini se mudou para o Quebec durante a estação de outono e fez graça sobre o tombo que levou no seu primeiro dia na glace noire. Sobre(viver) o inverno rigoroso, V. tinha feito uma pesquisa com amigos: são cinco meses intensos de neve. Ele confessa que a falta do sol afeta um pouco o psicológico, mas já estava ambientado e preparado para esse incômodo sazonal.
Qual conselho daria para o V. de um ano atrás? A principal recomendação é sobre reforçar e organizar seus estudos do français standard e do français do Quebec. Como? Ele assistia a vídeos em francês, estudava no ônibus, revisava sempre que podia; tentava buscar essa imersão no idioma. Apesar do frio intenso, está bastante contente com sua decisão de imigrar para o Canadá. Com sua mudança de vida e país, ele assegurou uma vida mais estável e segura para toda sua família.